Wednesday, January 16, 2008

Puta que os pariu, Pacheco.

Não esteve cá para graças, fornicou e viveu numa capoeira, gostava de meninas novas, para lhes abrir as perninhas, chegaram a ser duas, irmãs, prenhas por ele, as duas, filho da puta que foi um sapo de filhos, enrabado em miúdo, mas não muito dizia, andou por Braga a engatar magalas, preço e broche, acredito sem dificuldade que se dobraria junto de uma portada de Deus para mamar num.
Caralho, claro, vermelho Word agora, incorrigível, editou, enganou, pedinchou, por sandes e vinho escreveu na rua, secretariou, ajudou de letra analfabetos e menos lúcidos, traduziu obras, meteu dedos na cona, ao mesmo tempo acredita-se, uma ordinária tradução fez história, na falta de um dicionário, usou em excesso o caralho de uma cona, só não se fodeu mais porque transpirou na gráfica, a grande testa tem gota.
Um autêntico lagarto, viscoso, maus dentes e nua cegueira, óculos de garrafa toda com o sorriso devasso vezes tudo lá atrás, mesmo velho era menino para lamber este mundo e o outro, ou seja, deitem as freiras com a erva para cima, as pernas dobradas como o arame das molas da roupa e a língua dele a tocar esse piano, cantam as sereias alvi-negras um som muito agudo, cantam, o céu sobre o jardim, nuvens torcidas de espasmos que o velho chupa tudo.
O fim veio de pijama, falava de tudo como se não saísse da cama, porque já não tinha gente nem fechadura por onde espreitar, foram feitas para o corpo delas, e se as houve largas e estreitas, peludas, lençóis e neve, um monstro, a cama familiar levitou, funciona a peidos e esporra-se nas nuvens, para que nunca falte cá em baixo um ordinário, ou outra coisa de inevitável como o amor, para que nunca falte, puta que os pariu, Pacheco.

1 comment:

Anonymous said...

Tenho muitas saudades de lêr-te!
Um beijo!